Durante a venda do apto, pensei que só o banho de enxofre daria para resolver o problema da venda.
Qual o que!
Como estava demorando muito, resolvo fazer uma outra experiência, ensinada por outra amiga (será?).
Compraria 5 quilos de milho seco, desse próprio para galinhas, e colocaria nos 4 cantos da sala, que é arredondada. Começaram as dificuldades. Aliás, mais dificuldades.
Tudo bem. Com a ajuda de minha companheira de loucuras, começamos a arrumar montinhos, calculando onde seriam os cantos. Simples, né? Numa sala deste formato....
Fizemos à oração ensinada e começamos a varrer, com uma vassoura nova, todo o milho para o centro da sala.
Colocaríamos num saco de cor preta e teríamos que jogar num rio em movimento.
Penso na hora, moro de frente para o mar e será fácil, ele está sempre se movimentando.
Não podia, pois a água do mar volta, trazendo o milho para a praia. A venda do apto seria atrapalhada e tudo voltaria à estaca zero.
Fomos procurar um rio caudaloso e mais perto de Cabo Frio para onde eu iria visitar minha filha Fernanda. Deram uma sugestão, São João da Barra.
Acompanhada por minha companheira de loucuras e uma outra amiga lá fomos nós.
De fato era um rio lindo, só que não conseguíamos chegar nele para cumprir o que estava escrito. .
Para falar a verdade, a gente queria fazer bem escondidinho, pois havia uma reza para ser dita na hora.
Achamos um caminho que ia até o rio e onde imaginávamos não ter expectadores. Abrindo os galhos e carregando o saco de milho acabamos num local de pescaria onde uma família fazia um churrasco. Não dava para voltar, tinha que ser ali mesmo.
Pegando um pouco de cada vez e rezando, jogávamos o milho no rio sob o olhar espantado de algumas crianças que chegaram até nós.
E, tome perguntas. Por quê? Para que?
São alimentos para os peixinhos, dizíamos. Aqui é um lugar ótimo para pescar.
Que vergonha. Meu Deus!
Não ficou um grão de milho, só a nossa pose de tratadoras de peixes do rio São João.
Será que existe essa profissão?
Fomos embora com a cabeça baixa.
As crianças, creio, não entenderam nada e devem ter pensado: “eita, são três mulheres doidas”.
O apto continuou à venda por alguns meses, mas, juro, que não fizemos mais nada.
Que mico hein? Nunca me convide pra um programa desses. Além de não acreditar me poupo de passar por insana. O apê foi vendido até por um preço razoável, levando em conta que era sem vaga na garagem e num momento de violência dentro do bairro, onde UPPs invadiam as favelas do Leme.Bjs. Fê.
ResponderExcluirMico meu e de sua irmã. Vcs receberam limpo sem passar por essas experiências "maravilhosas".
ResponderExcluirQuanto a acreditar ou não, valeu o que demos de risadas. Família que faz besteira unida, permanece unida. Pena que vc não viveu esses momentos. Unidas, unidas, jamais serão vencidas!!!Bjs e inté
Mandingas a parte, minha querida esposa é que acabou conseguindo vender o apê depois de tanto saravá. Hoje passo pelo apê quando faço minhas 4 caminhadas anuais e sempre tenho a impressão de que verei meu pai me xingando por ter aceitado vender sua amada cobertura. Os novos moradores não reformaram nada, dizem que o apê é assombrado...eles vêem os vultos de uma velha (essa já era do nosso tempo) e de um senhor deitado no sofá da sala lendo jornal...sinistro!!!
ResponderExcluirAinda bem que não é fazendo palavras cuuzadas e com as pernas dobradas! Ufa!!!!!!!!!!!Quanto a velha, um dia, depois que cantar o ponto pra subir, ela vai passear por lá e dar um trato no apto e nos moradores. Podes crer!
ResponderExcluirAh! e quanto as suas 4 caminhadas anuais, cuidado, podem te deixar cansado.