sábado, 23 de outubro de 2010

mais mandinga...

É..., um causo, como se diz em Minas, puxa outro.
Durante a venda do apto, pensei que só o banho de enxofre daria para resolver o problema da venda.
Qual o que!
Como estava demorando muito, resolvo fazer uma outra experiência, ensinada por outra amiga (será?).
Compraria 5 quilos de milho seco, desse próprio para galinhas, e colocaria nos 4 cantos da sala, que é arredondada. Começaram as dificuldades. Aliás, mais dificuldades.
Tudo bem. Com a ajuda de minha companheira de loucuras, começamos a arrumar montinhos, calculando onde seriam os cantos. Simples, né? Numa sala deste formato....
Fizemos à oração ensinada e começamos a varrer, com uma vassoura nova, todo o milho para o centro da sala.
Colocaríamos num saco de cor preta e teríamos que jogar num rio em movimento.
Penso na hora, moro de frente para o mar e será fácil, ele está sempre se movimentando.
Não podia, pois a água do mar volta, trazendo o milho para a praia. A venda do apto seria atrapalhada e tudo voltaria à estaca zero.
Fomos procurar um rio caudaloso e mais perto de Cabo Frio para onde eu iria visitar minha filha Fernanda. Deram uma sugestão, São João da Barra.
Acompanhada por minha companheira de loucuras e uma outra amiga lá fomos nós.
De fato era um rio lindo, só que não conseguíamos chegar nele para cumprir o que estava escrito. .
Para falar a verdade, a gente queria fazer bem escondidinho, pois havia uma reza para ser dita na hora.
Achamos um caminho que ia até o rio e onde imaginávamos não ter expectadores. Abrindo os galhos e carregando o saco de milho acabamos num local de pescaria onde uma família fazia um churrasco. Não dava para voltar, tinha que ser ali mesmo.
Pegando um pouco de cada vez e rezando, jogávamos o milho no rio sob o olhar espantado de algumas crianças que chegaram até nós.
E, tome perguntas. Por quê? Para que?
São alimentos para os peixinhos, dizíamos. Aqui é um lugar ótimo para pescar.
Que vergonha. Meu Deus!
Não ficou um grão de milho, só a nossa pose de tratadoras de peixes do rio São João.
Será que existe essa profissão?
Fomos embora com a cabeça baixa.
As crianças, creio, não entenderam nada e devem ter pensado: “eita, são três mulheres doidas”.
O apto continuou à venda por alguns meses, mas, juro, que não fizemos mais nada.   

4 comentários:

  1. Que mico hein? Nunca me convide pra um programa desses. Além de não acreditar me poupo de passar por insana. O apê foi vendido até por um preço razoável, levando em conta que era sem vaga na garagem e num momento de violência dentro do bairro, onde UPPs invadiam as favelas do Leme.Bjs. Fê.

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  2. Mico meu e de sua irmã. Vcs receberam limpo sem passar por essas experiências "maravilhosas".
    Quanto a acreditar ou não, valeu o que demos de risadas. Família que faz besteira unida, permanece unida. Pena que vc não viveu esses momentos. Unidas, unidas, jamais serão vencidas!!!Bjs e inté

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  3. Mandingas a parte, minha querida esposa é que acabou conseguindo vender o apê depois de tanto saravá. Hoje passo pelo apê quando faço minhas 4 caminhadas anuais e sempre tenho a impressão de que verei meu pai me xingando por ter aceitado vender sua amada cobertura. Os novos moradores não reformaram nada, dizem que o apê é assombrado...eles vêem os vultos de uma velha (essa já era do nosso tempo) e de um senhor deitado no sofá da sala lendo jornal...sinistro!!!

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  4. Ainda bem que não é fazendo palavras cuuzadas e com as pernas dobradas! Ufa!!!!!!!!!!!Quanto a velha, um dia, depois que cantar o ponto pra subir, ela vai passear por lá e dar um trato no apto e nos moradores. Podes crer!
    Ah! e quanto as suas 4 caminhadas anuais, cuidado, podem te deixar cansado.

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