segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ufa! Cheguei aos 70


Depois de tanto lutar, consegui ganhar essa corrida.
Pelo blog da Renata (histórias de uma hiena) vocês podem ver que não foi fácil.
Como boa Capricorniana, regida pela teimosia, consegui até sair de uma internação e ir direto para a festa. E que festa!
Meu estoque de lágrimas de alegria e emoção, acho que acabaram. Nunca chorei tanto.
Cada amigo que via, cada  emoção sentida nos olhos dos filhos e netos, acho até que percebi meu bisneto, ainda na barriga da Lu , rindo para a bisa, era motivo para que as lágrimas rolassem pelo meu rosto.
Jacy, de Caçapava, com a família,  chegou..................buá
O pessoal de São Vicente está te procurando..............snif, snif
Para de chorar Isa, isto é uma festa e você batalhou um ano para que fosse realizada.
O local estava lindo!
Marcelo e Fabiana, Daniel e Marlene, agora diretores de eventos (rsrsrs), fizeram de tudo para que  saísse como eu sempre desejei. Acho até que exageraram.
Bem , continuava a chegada dos amigos queridos. A família Moura Leite, minhas irmãs de alma, estava completa. Como amo essas minhas irmãs! E trouxeram dois gatos afro-descendentes lindos de morrer.
E a Ana. por que não veio? Mas a Guidinha, uma paixão, veio. Como estava feliz!
Marrya e Reginaldo, casal lindo de Juiz de Fora, veio de véspera para ajudar. E, como trabalharam.........
As filhas da Dulce em peso, literalmente. Elas vão me matar...
E a festa continuava e eu só pensando: onde estão Cris e Paulo? Ela não podia fazer isso comigo...snif, snif.
Sabiam que a presença deles era importante para mim.
E não é que, já mais de 22h, entra pelo salão aquele casal todo apressado e vem ao meu encontro. "Eu sabia, eu sabia que vocês não tinham me abandonado". Foi muito bom e chora mais um pouquinho...
Cada mesa que passava tinha um representante da família convidada. Os filhos da Regina. Lindos por sinal.
Raquel e Poliana dando um show no microfone. Também com aquela turma tocando, tudo saia lindo.
É muita gente e muitos detalhes para falar. Foi uma das melhores festa que pude organizar. Estou até pensando na de 71. Lucinha, minha irmã enfermeira, não poderá faltar.
Agora quero agradecer especialmente aos filhos. Cada um foi peça importante para que tudo desse certo. Fernanda e Isabela fizeram um vídeo lindo. Renata me arrastou, de verdade, e me colocou de pé até à 1h da madrugada. E eu feliz e chorando...Não queria que aquele momento acabasse.
Fabiana, minha lindinha, como trabalhou.......Fábio, também saindo do hospital com cólica renal, estava um sorriso só. E como é lindo sorrindo!
É, faltou meu gato Rogério.
Por essas coisas que a gente não entende direito, não pode estar na festa físicamente.
Tudo bem, já avisei para reservar o dia 07/01/2013 para uma nova festa.
Inté


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Traição

Tenho andado tão sufocada pelas traições sofridas, que nem consigo passar para o papel meus sentimentos.
A gente vem de uma família onde a honestidade,o carater, a ética e outros códigos de uma pessoa normal são tão importantes, que se assusta quando percebe que infelizmente, para muitos, não existem.
Tudo bem, são as tais diferenças que farão com que, ou ficamos firmes nas nossas convicções ou saímos espalhando tristezas.
Dinheiro? Posição social? Fome? Quem sabe até uma doença, leva uma pessoa a trair e jogar no lixo uma amizade que parecia tão sincera.
Vamos dar tempo ao tempo e torcer para que um dia, iluminadas pelo Ser Superior e Divino, essas pessoas voltem a cumprir a missão que escolheram, quando aqui chegaram.
A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória...............

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Família Buscapé!


Quando resolvi ter uma família grande, não imaginava que viriam também os grandes problemas.
Os filhos foram chegando muito próximos uns dos outros, mas os pais cada dia mais babões. Nunca titubeamos ou nos arrependíamos de uma nova gravidez, mesmo que no susto. Vieram Renata, Fernanda, Rogério e Fábio num espaço de 6 anos. Ufa! Dona Iracema, minha amada mãe, só faltava me internar num hospital psiquiátrico. Fernanda estava com 4 mêses quando Rogério resolveu chegar. Consegui esconder a barriga até os 5. Era magrinha, e professora de educação física, o que me ajudava a manter a forma. Um dia ela descobre, e sem saber que alí estava sua alma gêmea, ( como foi mimado por ela! ) usa de sua falsa braveza para perguntar; está gravida de novo? Só consegui dizer ; sim. E, saí voando da sala.
Não tinha mais como esconder. É até estranho, uma mulher bem casada, apaixonada por crianças e tomando tal atitude.
Nasce um garoto lindo e enorme . Arcésio, que até então dizia que poderia ser outra mulher, cai de quatro. Meus pais não se cansavam de olhar aquele neto.
Cresce Rogério e providenciamos, um ano depois, um irmãozinho para ele. Vem a coisa mais fofa da mamãe, Fabio.
Já imaginaram quatro filhos com sarampo? coqueluche ? catapora? Fernanda era sempre a primeira a trazer esses males da infância para casa. Depois ........
O tempo foi passando e impedida de ter mais filhos biológicos, começo a pensar em um filho do coração.
Quando, já com os filhos adolescentes, Papai do Céu coloca no meu peito a caçulinha Fabiana. Pronto, cinco filhos e uma vida repleta de amor, preocupação, sustos, alegrias, perdas, lágrimas , enfim tudo que eu havia sonhado.
Brincava de pique esconde. Jogava queimada ( alguém se lembra?) até as 10 horas da noite, na rua, com a criançada da vizinhança.
E, quando a caixa d'agua soltava o excesso através de um cano, era a nossa cachoeira particular.
Aprendi a fazer e soltar pipa.
Era uma criança brincando com seus filhotes.
Como o tempo não para, foram crescendo e tomando seus rumos.
E eu, ficava com sindrome do berço vazio. Mantinha a casa sempre esperando que voltassem. Mas qual o que......
seus caminhos já estavam traçados.
Bem, pelo menos trataram de providenciar , muito cedo por sinal, a chegada dos netos.
Vem Luísa, a primeira de uma série de 15. Minha amada criança. Com Fabiana, disputava meu amor e e minha paciência.
Eu era uma avó mãe ou quem sabe uma mãe avó. Não sabia onde terminava uma e entrava a outra. Me perdi como educadora e agradeço a Deus a ajuda maravilhosa que me deu para conduzir sem errar muito.
Hoje, quando olho para trás, vejo que sou uma sobrevivente. Consegui formar essa família linda, enorme e muito amada.
Agora é só esperar Luísa me colocar nos braços um bisneto ou quem sabe uma coisa tão linda como ela.
Acho que terei que esperar um pouco mais pois não vejo nem fumacinha. Quem sabe depois dos setenta?
Bem, Luísa, Luís Guilherme, Vinícius, Isabela, Carol, Lucas e Gabriel, Ana Rita e Ana Cecília, Pedro, Tiago, Marina, Júlia , Isadora e agora Kauã me fizeram ser a avó mais boba do mundo. Como diz Fernanda, meio chata, porque não deixo quebrar meus bules e nem os pratos antigos. E, nem brincar de pique esconde dentro do casarão. Nem ligo para suas reenvindicações. Criança no interior, brinca na praça, na rua ou no jardim. O que está faltando são pais recreadores e criativos.
É, isto vai dar"pano pra manga" como se diz aqui em Minas, uai.
O meu amor cresce na medida que o tempo passa. Um dia continuarei cuidando dos meus amores de num outro plano, mas com sabedoria e sem errar tanto. .

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O tempo que continua....

 

É, eu achava que não chegaria aos 50 anos.  Depois aos 60.  Meu Pai! estou chegando aos 70.  Que loucura! O tempo não parou para eu entrar no trem  onde vi  muitos ocupando os bancos para uma  ida sem  volta.  Fui ficando na estação me perguntando, e agora? Fico aqui esperando o próximo ou tomo um  outro rumo na vida?
Vejo o ano de 2011 chegando e com   ele a aproximação dos 70 anos. Falta apenas um  ano. Começo a me animar para fazer uma bela comemoração.
Meus filhos estão rindo da loucura desta mãe que até então desconheciam. .
Minhas músicas preferidas.......Meus amigos, irmãos de fé estarão presentes? Ah! tem que ter um  vídeo para mostrar um  pouco da luta em  permanecer por aqui.
Só a família e agregados encherão o club. Tenho que providenciar um  lugar bem grande.
Meus ídolos virão? Já mudaram  tanto que nem  sei qual é o mais importante. Márcio tem  que vir.  Falar bonito e escrever uma ode a esta setentona que ama seu blog.
Vamos pensar nos comes e bebes. Acho que mais bebes que comes .
Só terá hora para começar.
Depois,........ só Deus sabe!

sábado, 23 de outubro de 2010

mais mandinga...

É..., um causo, como se diz em Minas, puxa outro.
Durante a venda do apto, pensei que só o banho de enxofre daria para resolver o problema da venda.
Qual o que!
Como estava demorando muito, resolvo fazer uma outra experiência, ensinada por outra amiga (será?).
Compraria 5 quilos de milho seco, desse próprio para galinhas, e colocaria nos 4 cantos da sala, que é arredondada. Começaram as dificuldades. Aliás, mais dificuldades.
Tudo bem. Com a ajuda de minha companheira de loucuras, começamos a arrumar montinhos, calculando onde seriam os cantos. Simples, né? Numa sala deste formato....
Fizemos à oração ensinada e começamos a varrer, com uma vassoura nova, todo o milho para o centro da sala.
Colocaríamos num saco de cor preta e teríamos que jogar num rio em movimento.
Penso na hora, moro de frente para o mar e será fácil, ele está sempre se movimentando.
Não podia, pois a água do mar volta, trazendo o milho para a praia. A venda do apto seria atrapalhada e tudo voltaria à estaca zero.
Fomos procurar um rio caudaloso e mais perto de Cabo Frio para onde eu iria visitar minha filha Fernanda. Deram uma sugestão, São João da Barra.
Acompanhada por minha companheira de loucuras e uma outra amiga lá fomos nós.
De fato era um rio lindo, só que não conseguíamos chegar nele para cumprir o que estava escrito. .
Para falar a verdade, a gente queria fazer bem escondidinho, pois havia uma reza para ser dita na hora.
Achamos um caminho que ia até o rio e onde imaginávamos não ter expectadores. Abrindo os galhos e carregando o saco de milho acabamos num local de pescaria onde uma família fazia um churrasco. Não dava para voltar, tinha que ser ali mesmo.
Pegando um pouco de cada vez e rezando, jogávamos o milho no rio sob o olhar espantado de algumas crianças que chegaram até nós.
E, tome perguntas. Por quê? Para que?
São alimentos para os peixinhos, dizíamos. Aqui é um lugar ótimo para pescar.
Que vergonha. Meu Deus!
Não ficou um grão de milho, só a nossa pose de tratadoras de peixes do rio São João.
Será que existe essa profissão?
Fomos embora com a cabeça baixa.
As crianças, creio, não entenderam nada e devem ter pensado: “eita, são três mulheres doidas”.
O apto continuou à venda por alguns meses, mas, juro, que não fizemos mais nada.   

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Enxofre?

Acabo de me lembrar de uma passagem bem pitoresca acontecida no início de 2009.
Decidida a morar em São Vicente de Minas e precisando, com urgência, vender meu lindo apto no Rio de Janeiro. 
Já não justificava mantê-lo, não só pelo tamanho como pela despesa que era enorme.
Meus amados filhos não queriam, mas estavam doidos pela partilha.
Coloco anúncios em todas imobiliárias e nada!
Abaixo o preço e.....ele continuava nas minhas mãos. 
Já não sabia o que fazer para me livrar dele.
O que era prazer estava se tornando tortura.
Rezo pros meus amigos lá de cima.
Faço promessas que não serão cumpridas, pois não acredito nelas.
Estava chegando ao desespero quando uma amiga (será?) me ensina a fazer uma mandinga.
Deveria comprar enxofre e queimar em todos os cômodos fazendo uma determinada reza.
Vamos, na frente minha coroa depois a coitada da minha neta e eu andando, queimando e rezando (cruzes!), quando um vento forte entra pela janela que dava para o mar e eu tomo toda aquela fumaça no rosto.
Meu Pai, que loucura!
Vem uma crise de asma severa e minhas companheiras de infortúnio  se apavoram. Vamos para o hospital, diz uma. Não, ela tem bombinha na bolsa, diz a outra.  Respira, respira, não para!!!!!!!!!!!!
Pô, como parar? Tô sufocada, mas quero continuar viva.
Fui me acalmando e chegamos até a porta rindo muito.
É, mexemos com coisa braba, pensei.
Tranco aquela casa que um dia foi a dos meus sonhos e saio para nunca mais voltar.
Tempos depois consigo vender por um preço muito baixo, mas que me deu alegria.
Já não aguentava o cheiro de enxofre no meu nariz.
Hoje vivendo neste casarão, que é dos meus sonhos para variar, dou risadas de tantas loucuras feitas e sempre envolvendo minhas amadas.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Por que boneca?




Quando leio meu blog, fico me perguntando, por que deste título? Veio de uma maneira tão natural e tão  forte   que  quando vi já estava postado. Seguindo a sugestão de uma amiga, veio a segunda frase " a boneca que resistiu ao tempo".
Será?
Cada vez que abro minha página vem aquela dúvida, por que? Não seria melhor " uma avó apaixonada" ou " Fui da roça para o Rio"ou "Também sei cozinhar"? Quando se escolhe uma definição sobre sua própria pessoa é muito difícil.
Tem que cobrir todos os lances de uma vida e mostrar que você passou por eles.
Fui sim criada como uma boneca. Frágil como uma porcelana e sempre quietinha na "estante" para que os outros olhassem. Tentei mudar este triste quadro, mas vivendo rodeada de pessoas mais fortes, acabei aceitando este rótulo.
Morando no Rio de Janeiro, outra vez sou posta numa escola de bonecas e obrigada a seguir o caminho, não escolhido por mim. Já que não possso nadar contra a correnteza, me deixo levar........
O sonho de um casamento e uma casa cheia de filhos, entrava nos meus planos. Não conseguia mais ser aquela garota fútil e sempre arrumadinha. Volto para Caçapava e começo  andar descalça  nas ruas e com minhas roupas ciganas. Com os cabelos longos e soltos,  mais parecia uma figura saida de um filme tipo.... "Juventude transviada". Meus pais não entendiam minha rebeldia e minha maneira de chocar qualquer rapaz que de mim se aproximava.
A boneca estava se rebelando com a vida , a leitura do Pequeno Príncipe, os desfiles, e o porte sempre impecável  que era obrigada a exibir.
Conheço aquele que seria seu companheiro e pai de seus filhos. Qual o que, ele amava era aquela boneca que vivia dentro de mim.  E orgulhoso, entrava de mãos dadas comigo sempre me exibindo como um objeto comprado a preço de ouro.
A vida passa rápido e agora  com 5 filhos, 15 netos, vejo que no fundo ela não foi embora. Está entranhada na minha existência. Faz parte da minha história. Me pertuba ao ver as fotos. Me faz sonhar..
 Nas minha lembranças a boneca insiste em resistir ao tempo e agora está neste casarão aguardando um novo caminho.